Poemas da Caminhada - Lúcia Constantino
O canto da alma é a única coisa que fica. E o que dele fizermos...
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20/02/2009 22h13
LÍRIO DO CAMPO (Lúcia Constantino)
Este lírio do campo
não esteve aqui o mês inteiro.
Surgiu agora
no final de novembro.

É de um rosa diferente,
talvez um lilás profundo.
E tem rosto de anjo
surpreendido no mundo.

Seus outros companheiros
de igual bíblica beleza
têm portes de jardineiros
e olhos de pálidas estrelas.

Proféticos, sagrados.
Flores que, um dia, Deus aspirou
para se sentir amado.

Ó lírio amante,
nascido daquela aurora.
Hoje talvez Deus te repense
e chore.


(Direitos autorais reservados. Lei
9.610 de 19.02.98)

Foto: imagem pesquisada no Google
Publicado por Lúcia Constantino
em 20/02/2009 às 22h13
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20/02/2009 20h02
Queria compreender (Lúcia Constantino)

.... ah, quem me dera compreender
os "pobres"  de espírito interior.
Seu pensar, seus sonhos.
Sonhos de ouro e glórias.
As inuteis glórias do mundo!
Suas vidas são como poeira do chão
que um vento carrega pra lá e pra cá
e seus rostos brilham por trás de falsos letreiros
e refletem aquele brilho falso das esferas menores
onde o espesso e verdadeiro eu jamais é encontrado.
Tenho compaixão pelo sentenciados
aos abismos da idolatria, do egocentrismo.
Do pão que comem cru a cada novo dia
pois querem antecipar a hora da colheita,
sem aos menos terem tido a participação de suas mãos
no revolver da terra sagrada.

À palavra soberba, ao rosto enfeite moldado
em falsos brilhantes,
desejaria oferecer para um clarão de dia
nas trevas, lírios do campo, cordeiros pastando,
crianças brincando de roda ao luar,
porta-retratos com flores e pássaros,
um quadro de Matisse,
uma formiga carregando uma pétala,
um luar de agosto cheio de pirilampos,
nuvens no céu
e um ocaso num mar de nuvens esmeraldas
para que se conscientize
que o verdadeiro e único brilho
é aquele que dinheiro nenhum compra
é o afeto e reverência pela vida,
que Deus doou ao coração humano
como o seu único e maior tesouro.

                          - Lúcia Constantino

Publicado por Lúcia Constantino
em 20/02/2009 às 20h02
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18/02/2009 18h20
A MULHER SIMPLES (Belíssimo poema, de José Balbino de Oliveira)

A Mulher Simples

 

Eu gosto da mulher simples
Que vai à feira e trás nos braços
O cheiro do coentro e da hortelã
Mulheres que plantam flores
Para perfumar a casa
E embelezar a rua

Eu gosto destas mulheres
Que tem gôsto de terra e mato
E que amamentam a cria
Com o milagre das mamas

É que estas mulheres singelas
Carregam uns olhos cheios de poesia
E mãos delicadas de acariciar
A carambola e o pessegueiro
E o ôvo que sai quentinho da galinha
Depois vem beijar os meus cabelos
Quando estou menino

Aquela que advinha o chá de poejo
No choro da criança
Sabe o mistério da rabanada
E do doce de cidra
Ainda guarda o segredo
Do mingau de araruta

Guardiã das cantigas de roda
Benzedeira, costureira
É ela que me faz olhar uma varanda
E pensar plenamente:
Aquí é um lar!

 

Autor : José Balbino de Oliveira (Joao das Flores)


 http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/1442638

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em 18/02/2009 às 18h20
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15/02/2009 17h33
NOS TEUS CAMPOS (maravilhoso!! -- de Yohana Rinnardi)
Com mãos impacientes
socorro as linhas que alcanço,
e meu desejo, sonolento,
se aviva ao sol que nasce.
Mas se é muito o sentimento,
é lento o desembaraço:
acalma os meus pensamentos,
me acorda, Senhor, no Teu passo.
U'a chuva de rosas vivas
vai desenhando o caminho,
e eu sigo, Senhor, me sustento,
nas florações que adivinho.
Quanto mais me reconheço,
mais de Ti eu me revelo...
Mais Te amo...
Sou dessa natureza simples
nos Teus campos.

                      - Yohana Rinnardi
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em 15/02/2009 às 17h33
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14/02/2009 11h57
NOITE MÃE (Lúcia Constantino)
Noite mãe compassiva,
a ti entrego meu coração.
Em teus braços de estrelas
depõe minhas flores,
antes tão vivas,
para que ressuscitem do chão.
 
Noite mãe, nenhuma palavra soberba
descerá sobre minha fronte
tornando-a enferma.
 
Ouvirei dos teus silêncios, ó noite mãe,
a verdadeira música que apascenta
os ocasos dos meus horizontes.

Jardim etéreo aos portais dos séculos,
hoje tua luz reescreve um poema de vida
na minha dolorosa face de ontem.




Lúcia Constantino
(Direitos autorais reservados. Lei 9.610 de 19.02.98)
 

 
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em 14/02/2009 às 11h57
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