MUITO ALÉM DO OLHAR
Para adiante, além do arco-íris
nas entranhas dos ventos
navegam meus olhos.
Rompendo um sol dentro do peito,
pelos meus vales imperfeitos
faço meu cântico solo.
Esvazio os sulcos do rosto
para formar espaços consagrados
à água que um dia, venha a cair
dos sorrisos preservados.
Junto à lâmpada eterna
do meu templo viverei.
Ocasos, auroras,
primaveras, invernos:
sei que por todos passarei,
como passam as águas pelos olhos
que limpam os caminhos
de todos os sonhos que errei.
(Direitos autorais reservados).
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 31/03/2008
Alterado em 03/06/2011
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