A LUZ NO LABIRINTO
A noite, bem cedo, ao sono avança.
E os sons dos silêncio me ponho a ouvir.
Ave-Marias, boleros, violinos, esperanças
que dentro de minh'alma ainda ouso sentir.
Os chilreios da vida voam por mim,
amando... ferindo... sudário sem milagre
de um rosto impresso na alma, um jardim
onde ora luto com rosa, ora luto com sabre.
E se torna gigante esse passo inseguro.
Só uma réstia de lua me clareia esse muro
de onde ainda avisto meus cedros fiéis.
alguns versos que escrevo para um por-de-infinito,
que camuflou sua luz num labirinto de papéis.
(Direitos autorais reservados).