A AGONIA DA ROSA AZUL
Inundou os campos,
as montanhas...
Azulou os pirilampos,
as ânsias estranhas.
Foi como se o fermento
da lágrima tudo tivesse aumentado
em águas de anil.
Tudo o que se pensou,
se sonhou,
se viveu,
se viu....
As pétalas perderam o itinerário
na noite e um dromedário,
perdido,
mastigou as cores
para não ser mais
reconhecido...
Azul que enegreceu
a noite que se perdeu
de suas estrelas mais belas,
da aquarela da vida,
O que resta?
Um pássaro azul perdido
desconhecido de si mesmo,
voando pelas frestas
para saber se não mais se ferirá
em algum azul das penas
que lhe restam.