À MEIA-LUZ
Houve, um dia,
um tempo de acolhimento.
Música, poesia,
domesticados impulsos
de expandir-se até a claridade.
Mas veio a reclusão imposta
pela vida torta
de todas as cidades,
de todas as idades.
E quase sempre é noite.
E quase sempre é tarde.
O vermelho é pra ter saudade.
O verde não mais germina.
Dobra o corpo sem vontade
e luz de vela já ilumina.
(Direitos autorais reservados).
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 29/02/2008
Alterado em 03/06/2011
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.