Poemas da Caminhada - Lúcia Constantino
O canto da alma é a única coisa que fica. E o que dele fizermos...
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CANTAR....CANTAR....





Esta manhã encontrei um pássaro triste, triste, em um pequeno arbusto ao pé do jardim, e por que canta, eu disse, se ninguém o ouve: Um soluço na garganta, uma agitação no peito: - Meu ofício é cantar! – e lá se foi”

 

                                                     - Emily Dickinson

 

 

 

 

Cantar na noite morta, o olhar fugindo
pra captar a doçura das estrelas
pelas janelas, pelas portas - um mendigo
da luz que há no céu mas que não há como retê-la.

O corpo se envolve de sonhares de esperança
pra que se componha um doce abraço em sol maior
e que seja replantada a flor como uma criança
que nos semeia em seu peito pelo amor.

Cantar muito leve, sem ruídos, em reverência
pela vida, seu sentido, suas ausências,
pelos sonhos que se foram e os que virão.

Cantar pelo que nascerá mais que perfeito
na medida certa do que é justo e que é direito
mesmo que o único ouvinte seja o próprio coração.



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Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 20/02/2008
Alterado em 03/06/2011
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