AQUELAS MÃOS SERENAS
A minha alma ainda tem tranças de menina
que minha mãe fazia quando eu era pequena.
Quanta saudade na minha vida peregrina
deixou em mim aquelas mãos serenas.
Daqueles olhos, no verde dos campos tenho a cor.
E aquele perfume divinal, quando penso em Deus.
Ainda busco aquele rosto que era o próprio amor
no sol, na lua, nas estrelas, no azul do céu.
À noite, na varanda, quando sopra o vento,
renovando, uma a uma, as folhas dos meus sentimentos
pra que eu sempre me renasça para ser melhor
ainda sinto a ternura daquelas mãos serenas
trançando os meus versos sobre a minha pena
pra que o amor sempre anule a metáfora da dor.