Poemas da Caminhada - Lúcia Constantino
O canto da alma é a única coisa que fica. E o que dele fizermos...
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TEM TEMPO...




Tem tempo...
que o sol dançava
sobre meus sonhos
e eu não me envergonhava
dos meus dias.

Agora tenho os dedos feridos
nos espinhos dos caminhos.
Preciso reaprender a chamar o sol
mesmo nas minhas noites imensas
para que eu geste novamente
aquela confiança,
aquela que nunca morre por completo
lá dentro
e que faz toda a diferença.

Que a cavalgada seja sem tormenta.
Que os meus bens interiores
de novo me realimentem
nas paradas que vida faz
dentro de nós
para que eu reaprenda
a  reconhecer o verdadeiro amor
mesmo na noite mais negra,
mesmo nos lenços molhados
da minha ferida paz.


Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 04/02/2008
Alterado em 03/06/2011
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