MEU CANTO
De tudo o que me faz
sai o meu canto.
De pomares feridos,
às searas do anoitecer.
Das bocas das quais me aproximei
para poder delas sorver
um pouco mais da própria vida
para poder viver.
Do amor como leite a percorrer
as minhas veias,
nutrindo-me a cada segundo,
renovando-me a respiração
para caminhar
diariamente, sem medo,
no mundo.
De tudo o que me faz
sai o meu canto.
Do batismo das horas mortas
quando da passagem pelos erros
e pelos prantos.
E todo meu ser reverencia
os silêncios das noites calmas
quando afago, eternamente
um infante chamado esperança
que engatinha, diariamente,
dentro de minha alma.
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 31/01/2008
Alterado em 03/06/2011
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