ALGUM LUGAR
Abaixo a cabeça aqui,
triste, quero paz.
"Paz de criança dormindo",
como na canção. Olhar turvo sobre o mar,
um pouco de mar nos olhos,
ora se fechando, ora se abrindo.
E assim a vida vai devagar.
Talvez pra algum lugar
onde haja uma porta a desemperrar.
Haverá lá na frente,
alguma coisa que de repente
você me passe como semente,
para eu renascer?
Haverá no meu tempo da vida
alguma flor de um sorriso nascida
pra me florescer?
Tempo de respirar e expirar
sobre o que um dia foi acalanto.
Que nasce e já fenece
como um por de sol sobre os campos.
Que me chegou de Deus como dádiva.
Sinto e não compreendo.
Aceito mas não alcanço.