Poemas da Caminhada - Lúcia Constantino
O canto da alma é a única coisa que fica. E o que dele fizermos...
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DEIXE-ME CHOVER

 

 

 

Deixe-me chover.

Preciso chover as lembranças

no sem-fim  dos jardins em fuga,

nessas rosas passando apressadas pelo meu rosto,

nos espinhos ferindo minhas roupas na dança dos ventos.

 

Deixe-me chover

nessas horas dobrando todos os ponteiros,

para  que os sinos  perpetuem Ave-Marias

nos silencios indiferentes do mundo.

 

Deixe-me chover

para que eu possa me ouvir nesse amanhã.

 

 

 

(D,A, reservados)

Imagem: Google

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 03/02/2025
Alterado em 03/02/2025
Comentários
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Bernard Gontier
Vou chover em inglês, querida poetisa iluminada. They knew now if there is one thing that one can always desire and sometimes obtain, it is the human tenderness. ( Albert Camus). Deixe-me chover para que eu possa me ouvir nesse amanhã. Eita!!!! Beijo no seu coração!
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Clara das Ideias
Linda metáfora. Precisamos chover para abrir alas ao nascer do sol
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Lilian Reinhardt
E que esta chuva de poesia cada vez mais se intensifique dessa fonte tao pura!
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João Elias
Ótimo poema, um verdejar de maravilhosa sensibilidade
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Miguel Carqueija
Muito bom seu poema, Lucia, utilizando de forma inusitada um verbo defectivo. Ficou uma talentosa metáfora. Beijos.