MUSGOS
Espero em círculos,
o que seja que não me responde,
quem seja,
espero e espero,
e sou menor do que sou.
Choro sem razão e vou em direção aos céus,
a mente sem presenças,
os instantes vergados sob o sol.
Estranho a minha voz.
Está nos lábios e em nenhum lugar.
Grita nas horas - enferma, golpeada, estremecida.
Não sei das chances.
Há alguns anos me imobilizo na dor
das cortinas abertas para os silêncios.
E na invisibilidade dos musgos.
(imagem: Google)