MINHA CANÇÃO
Lá, num horizonte sem fim,
quero encontrar a metade de mim.
Como um cisne em lagoa calma,
nadando, digno, pelas águas de minha alma.
Busco a luz, não a encontro.
Meu olhar é transfigurado.
Um ponto morto, somente um ponto,
secreto, noturno, calado.
Nas páginas da vida, escrevo
todo dia ... minhas flores aladas.
E, limitada, nunca percebo
se são pra partidas, se são pra chegadas.
Só Deus é quem lê assim bem cedo
sem poemas de amor, a minha canção desesperada.