UM OLHAR
Crescem nos abismos
e nos vastos horizontes.
Grãos da alma.
Ausências, presenças,
fontes.
Música no silêncio,
esperança alojada em ninhos
como as aves do céu.
Fonte perene de água
que vem passeando pelos vales
do rosto que amou,
calou, tremeu.
Nichos de dor e de paz,
por onde o mundo transpira
o sonho, a imensidão,
as chegada, as partidas.
Comovidos, sigilosos,
infinitos, luminosos.
Entranhas de céus,
terra, mar...
para que a própria vida
veja a vida.
Um olhar de amor...
Nada mais que um olhar...
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 26/12/2007
Alterado em 03/06/2011
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