DENTRO DE CASA
O que disseste?
Sobre apegos? Renúncias?
A consciencia?
A minha casa tem pés de flores,
raizes dos pinheirais.
Devota da lua - farol nas noites insones.
Minha casa sem nome - é eco de pardais.
Não há apegos - talvez renúncias.
Nenhuma inconsciência - sao transcendentes as penumbras.
O que disseste,
grandiosa figura que cultivo na menina dos olhos?
Ela desperta toda noite e chora.
E preciso compreender que não é sua hora.
É ainda preciso responder pelo seu consolo
de todas essas ausencias,
que são supremas presencas
nessa essência do agora.