PARA DENTRO E PARA O ALTO
Como se fossem de metal, os campos.
E as flores de enxofre.
E os pés dos homens das apariçoes
e da vilania dos surdos tempos sem Deus.
Não me pergunte sobre as privaçoes dos homens,
das crianças, dos animais....
sobre as promessas empoeiradas caminhando ..por aí...por aí...
Eu não sei responder sobre os concílios, conselhos e segredos.
O Planeta abriga rostos de estúdio,
amarelados, vaidosos
dentro dos seus tormentosos quintais de opulência.
Rostos desconhecidos para si mesmos
Consciências feitas de desertos e fumaças,
que ardem e afugentam a doçura dos amanhaceres.
Há uma espécie de mundo destilando sua arrogancia,
e ninguém há em seu desespero que o compreenda e o aceite.
Algumas vozes cristalinas, sem vírgula ou ponto,
assumem bradar a esperança
e faze-la ecoar na imensidão das galaxias,
em seu inalienavel direito de existir.
O nascer da paz comeca com o olhar voltado
para Dentro e para o Alto.
Sistole e Diastole.
O Universo desconhece a palavra silêncio.