Junto tudo - a casa, os moveis,
os seres anjos que aqui vivem.
A máquina de costura, os quadros,
o limoeiro esbanjando amor pela vidraça.
A xícara de chá, a caneca de aveia,
as arvores no espelho das janelas,
tudo é uma realidade revelada
sob meus olhos - fracassada alma em sofrimento -
tentando renascer nas cores da azaleia,
se re-educar, não ser mais assim cinza
e sem significado - assim um vitral quebrado -
nesse templo ficticio da palavra amarga.
Quero voar uma plenitude e
o frio e a chuva inundam as ruas
desta matéria de que sou feita.
Acolhem-me os braços da lembranças
onde repouso a cabeça
fixando uns olhos de mar
que nao desejam - nunca! - apagar
as chamas da esperança.
(Direitos Autorais Reservados).