SEM TI
Sem ti
a noite é muda
e impiedosa.
Não mais extasiam a alma
as rosas
e os caminhos rumo ao sol
perdem o norte
e a vida só parece
eterna batalha
entre o sorriso e a morte.
Sem ti
o ar descompensa,
minhas mãos tornam-se imensas
e vazias de sentido.
É tudo parece ser mármore
a ecoar aos ouvidos
uma canção triste de amor.
Não posso esconder em meus ramos
essa rosa da alma que amo
que me constrói
sobre nuvens na terra.
Seiva do luar em minhas pálpebras,
quando a tristeza me assalta,
só me lembro humana,
mas querendo que me vejas
como um teu anjo que erra.
(Direitos autorais reservados - Lei 9.610 de 19.02.98)