Vida
Quando a noite desce, assim cantando
a canção das gotas d´água dos quintais,
talvez essa rubra luz, esse acalanto,
sejam os teus meigos olhos, meus vitrais.
Quem sabe essas luzes só reflitam
o meu saudoso olhar nessa vidraça.
E está tão perto essa estrela, esse infinito,
mas uma lenda, uma fábula me amordaça.
Busco em um deus tantas respostas
pra ter sentido essa mesa posta,
entre esta doce noite e o alvorescer.
Cerco-me de flores, anelos, esperanças,
como se cerca dos anjos, à noite, uma criança
que segura nas mãos da vida pra viver.
(Direitos autorais reservados. Lei 9.610 de 19.02.98)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 09/11/2007
Alterado em 03/06/2011
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.