Entre
Entre aqui e alí
essa plenitude é insone.
Nas folhas, nos ventos,
em pétalas que libertam
versos sem nome.
Entre minha mudez de surpresas
e cegueira de horizontes,
sou ave presa
entre as sombras das fontes.
Aquela mesma ave perdida
entre o dia e o anoitecer
mas ousando um vôo na chuva
pra não deixar de viver.