Poemas da Caminhada - Lúcia Constantino
O canto da alma é a única coisa que fica. E o que dele fizermos...
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Luar
Ah, a lua é tão clara!
A lua não tem nome.
É uma lágrima alva
da noite  insone.

Passeia pelos jardins
como orvalho
deslizando pelas rosas.
Passeia pelos meus dedos
como olhos
sobre letras amorosas.

Todo o jardim iluminado
pela luz da lua branca.
E sou a névoa  de mim mesma
constelada de lembranças.

Mas pelos azuis eu  prossigo
pra não me perder do caminho.
Um eco, uma canção,
desabrochada saudade.
Hoje esse luar tem o meu rosto
no espelho da eternidade.



(Direitos autorais reservados. Lei 9.610 de 19.02.98)




Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 31/10/2007
Alterado em 03/06/2011
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