Meu Irmão de Assis,
Francisco, por onde caminhas...
Estamos aqui, no esboço dos sonhos de ver
todas as criaturas respeitadas.
Todas as criatura amadas.
É ainda etérea a grande noite das estrelas.
Os fantasmas ainda sorriem.
Não conseguimos ainda ser Luz.
Ainda há em nós a cegueira dos séculos,
o desdobramento dos espinhos,
o sangue que clama por compaixão.
O gólgota que chora seus mortos
- homens e animais -
traídos na sua essência sagrada e divina.
Dá-nos a Tua Mão para acordar a ternura que dorme,
Dá-nos a Tua palavra para chamar à claridade, os olhos turvos pelos tempos disformes.
E dá-nos o Teu perdão para os que não querem ressuscitar.
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 04/10/2019
Alterado em 04/10/2019