No silêncio das estrelas no céu,
meu coração se enobrece
com  essa canção que ouço
em noite calma
exilada em meu ser
parte de minha própria alma
que um dia Deus espargiu
e entre dois sóis
nos fez nascer.

Nascer como chuvas de verão
que aninham nossos pés no chão
para que o sumo da terra
possamos perceber.

Nascer como os lírios do campo,
num despojar-se em palavra e
sagradas águas
de cântaros de anjos e fadas
para que a vida, esse  tudo,
e esse quase nada
de eternidade,
dê à luz, do seu ventre,
em humildade,
esse sol maior em nós...
- portal final da caminhada.



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