Divinamente
Divinamente
o pássaro leva seu canto
para além de todas as águas,
e o coração é esse país
sem trégua de ternura
e saudade,
que nos preenche,
que nos salva.
Vontade de ser e não ser,
apenas para abandonar
o espírito nas ondas do mar
para ouvir esse canto,
esse ninar
e se refazer e no mais puro
estágio do amor na alma
voltar e permanecer.
Divinamente
as palavras se tocam,
se chocam, como
raios que caem ao solo
para iluminar a escuridão
para que a chuva
mais amada venha
em auxílio do coração.
Divinamente
chega a presença que se pressente
em sagrada visão
rosto de luz, primeira estrela
que no céu poente
sempre nos direciona
na imensidão.
(Direitos autorais reservados – Lei 9.610 de 19.02.98)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 18/08/2007
Alterado em 03/06/2011
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