Véspero
Tempo na terra bem feito, cultivado,
tal qual o canto do sol
que embala a promessa do dia.
Um azul que deixa a manhã lenta,
as portas mais leais.
Não mais me atravessam as espigas podres.
Saberei aguardar o signo da alegria
nessa hora cálida quando chega a tarde
e já não piso nem cinzas nem sonhos.
Só o imenso trajeto do pão que se basta
a qualquer criatura
que volta pra casa
ressuscitada.
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 08/07/2017
Alterado em 08/07/2017