Ainda não sei de cada dia.
Às vezes, levanto a cortina.
Outras, revolvo a grama, para espiar as formigas.
Os gemidos das minhas flores me borram de perfume.
E eu afago o vento, na esperança de voar.
Tornei-me, há muito,
a minha própria terra, onde os meus mortos me despertam
para a comunhão dos sândalos,
para os cânticos das tempestades.
E, assim, unidos, seguimos vivendo eternidades.