Clarões das horas
Eu sigo com o olhar esse ocaso
Tenho os pés no chão,
a relva me envolve,
os olhos voam - descem e sobem,
tenho saudade desse sol
do meu coração.
Está frio, muito frio...
O mundo é frio, a vida é fria.
Mas exalam esses cedros
a vida e o calor dessa magia.
Canto...e canto. Tenho no peito
a marca registrada da inocência.
Não sei viver sem esse acalanto.
Sou um pássaro banhando-se na luz.
A luz redime...
Tudo a luz redime.
A que preservo no vaso,
entre as ramagens do meu ser
para renascer a cada segundo,
multiplicando ora em dor
ora em amor
esses clarões de vida
em que me inundo
entre a aurora e o anoitecer.
(Direitos autorais reservados – Lei 9.610 de 19.02.98)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 25/07/2007
Alterado em 03/06/2011
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