Lar interior
Adiciono às alturas,
as casas percebidas
nos clarões da noite...
É criancinha a minha vida,
vai para trás e para adiante.
Nos ossos, o esplendor
de ser, talvez, em essência,
eco de fonte.
Quando eu me reconstruir
sem repousos,
à luz das estrelas,
cinzelando minha alma em poemas
nas paredes das grutas, casas justas,
sem janelas, no átrio
da montanha do coração,
talvez, então,
os deuses me dominem
e eu penetre, por fim,
no lar da ternura
da criação
levando nas mãos
o meu bem talvez mais puro
o sonho que venceu a razão.
(Direitos autorais reservados – Lei 9.610 de 19.02.98)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 21/07/2007
Alterado em 03/06/2011
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