Sonhos de Outono
Dias vazios, sem auroras, sem luar...
assim caminha a tarde docemente,
como se o pranto que eu tivesse que enxugar
caísse lá do céu, como chuva, de repente.
Lá vão as folhas de outono em enxurrada.
São só meus sonhos que não eram deste mundo.
Eram de outras vidas, talvez - anjos disfarçados
pra me testar no que seria um amor profundo.
E meu coração que amava em doce encanto
como a luz do sol, agora que é só pranto,
tinge o céu dos sonhos de gris, lilás e dor.
Assim é a vida e esses anjos já partiram...
deixaram o gosto amargo do que nunca viram
- a luz de nosso riso a iluminar o amor.
(Direitos autorais reservados – Lei 9.610 de 19.02.98)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 11/07/2007
Alterado em 03/06/2011
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