Deserdados
Triste essa rosa em seu destino.
Ao entardecer, sucumbir, despetalada.
Mas se ventura há nesse caminho,
é perfumar o chão com a própria alma.
Tu, que não vês as pétalas caídas
deserdadas do olhar da consciência
pisas muitas vezes sobre a própria vida
e teus próprios pés são a grande ausência.
Os passos continuam, a tarde segue
rumo ao anoitecer mas ninguém se atreve
a levar algum perfume lar adentro.
Fecham-se os olhos para os rostos breves,
resgatar pétalas ? - dizem-nos- para que servem,
se só sentem e não falam e não pensam?
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------------ adote um animal abandonado --- a Grande Fraternidade Franciscana do Plano Cósmico agradece.
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 28/10/2015
Alterado em 29/10/2015