Noturno
Enquanto cinzelo essa saudade imensa
seguindo a luz eterna da estrela
chega-me a noite, dolorosa e intensa
como pássaro azul dormindo nas veias.
Nem vejo o luar, o silêncio persiste
nos doces caminhos aonde penso que vou.
Talvez se meus anjos agora me vissem
me dessem suas asas pra esse único vôo.
Tudo me gira qual carrossel sombrio.
Esse meu próprio canto soa a desvario.
Minha alma não encontra o rumo certo.
De música, palavras, de todo um mundo
transmuto esses meus vales profundos
pra não ser "voz que clama no deserto".
(Direitos autorais reservados).
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 24/06/2007
Alterado em 03/06/2011
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