Sob Teu azul infinito
Tu, que vives sobre as estrelas,
e velas pela luz dos meus olhos,
não me deixes esmorecer.
A noite é imensa.
Os favos se perdem,
a febre do que está chagado delira a verdade,
tudo parece um pesadelo covarde.
Tu, que vives sobre as estrelas,
determinando as planícies e os abismos,
cuida para que eu me encante novamente
com Teu sopro divino
como se fora uma rosa,
que, despetalada, perfumasse o chão
por onde os seres passam
e esquecerão.
Tu verás com misericórdia,
tudo o que o mundo não vê.
Cuida para que eu não me afaste
das Tuas auroras,
dos hinos das águas,
dos sonhos que ainda dormem.
Sei que sou só um raio
do Teu azul infinito.
Persevero em Teu nome
porque sei que só Tu reconheces
o dobre do coração de um filho.
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 06/08/2015
Alterado em 09/03/2016