Frágil, frágil
O que dorme dentro da gente,
na manhã que se faz tarde
a esperança respirando no peito
frágil, frágil?
As ruas sem as crianças,
a verdade no coração reprimida,
os templos sem castiçais,
as portas das casas, desaparecidas.
Ah, um vôo solitário,
rondando os céus da cabeça.
Ao longe, um som de campanário,
para que esse tempo adormeça.
Que o Angelus, como água na pedra,
se faça como luminosa canção
porque é noite na Terra
e esqueceram de acender a luz do coração.
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 04/08/2015