E no tempo eu vou
Que triste seria a aurora
se não houvesse canto de passarinho.
É dentro da alma que essa música mora
vestida de mil galhinhos
onde esses meninos cantam
a cada novo dia que nasce
se eu crer que meu sonho vive
mesmo quando meu corpo envelhece.
Não, eu não falo
do tempo que por mim passou.
Passou tal qual um pássaro,
mas seu ninho me deixou
onde ainda sou criança
sondando os sinais dos céus
do meu pequeno horizonte
no futuro de Deus.
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 20/03/2015