Recônditos
A mão, a agulha,
o fio que vai e vem.
Não se tece um sonho da alma
no mundo do que se tem.
No mundo do que se é
costura-se o invisível
num sonho divinizado
que da à vida, seu sentido.
Quando chegar a hora
de sonhar o último linho,
que ele se desfie na aurora
como varal pros passarinhos.
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 09/03/2015
Alterado em 09/03/2015