Poemas da Caminhada - Lúcia Constantino
O canto da alma é a única coisa que fica. E o que dele fizermos...
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Desalegria, desalegria
Vou ao vento
com documento
senão me prendem.
No sol de fevereiro
vou passando pelos postos sem gasolina,
pelos mercados  sem trigo,
pelas livrarias e bibliotecas  vazias.
Ah, o que é isso, “livro?”

Não tenho alegria nem preguiça.
Tenho angustias imensas
(típico de quem pensa)
e vontade de fazer tanta coisa,
como dar uma  volta ao mundo
fazendo-o girar, qual uma bola
pra ver se desatola.

Não há mais Cardinales bonitas,
e Brigitte Bardot sabe o que faz
quando prefere lutar pelos animais.

Sem fuzil, sem smart phone
a vida ainda na esperança.
Mas é só  no coração do Brasil
que ainda há muita festança!

                                          Só queremos seguir vivendo
                                          ... em paz! - Por que não?


(P.S. só uma brincadeira-paráfrase  com "Alegria, Alegria" de Caetano Veloso)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 03/03/2015
Alterado em 03/03/2015
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