Cantiga de amigo
Amigo, vejo que é pela manhã
que a flor te gesta a aurora,
quando também cresce a fruta
que em teus braços se forma.
Vais caminhando e partilhando
das pétalas dos caminhos.
Teu mundo é de brancas flores.
É de primaveras, pão e vinho.
Não há luar estremecidos,
sobre areias, sobre dunas.
É universal teu rosto perdido
nas bênçãos que acumulas.
Não tens olhos doces no vazio.
Tens ternura desvelada
em rosto amado, rocio
de uma presença de fada.
Tem asas sobre as nascentes.
Ninguém a te pedir perdão.
E é somente por amar-te tanto,
que assim, tanta gente,
te faz perder-te
do teu próprio coração.
(Direitos autorais reservados).
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 30/05/2007
Alterado em 03/06/2011
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