Poemas da Caminhada - Lúcia Constantino
O canto da alma é a única coisa que fica. E o que dele fizermos...
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Em surdina
Olhos em surdina.
Neblina...
Fios d’água no caminho,
inclino-me,
quero decifrar
os pergaminhos da jornada.

As estrelas me seduzem,
e busco tua única luz
nessa imensidão amada.

Mas nada desvendo nos linhos
que envolvem esse  pão vivo...
e me perco nesse ninho.

E só consigo chamar-te ao vento,
e aumentam as dunas da alma
no pensamento....

Queria esse canto entoado,
em surdina, sem neblina,
em selo de anjo rosa
como um milagre
do meu templo.


(Direitos autorais reservados - Lei 9.610 de 19.02.98)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 26/05/2007
Alterado em 03/06/2011
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