EM REFLEXÃO
No amplo templo do mundo
sob um teto de flores e pássaros
eu, humana, em etérea me faço
nos silêncios de mares profundos.
Os olhos em rotas de estrelas
as mãos em abundância de ausências.
Não é Deus que me ama ou despreza:
- eu é que não sei ler minha essência.
Talvez em outro espaço sem lei, sem destino
eu compreenda esses meus desatinos
desse cenário de um mundo incolor,
saindo do ninho para além do horizonte,
os meus versos rompendo a barreira da noite,
pra atingir, finalmente, uma terra de amor.
(republicação, 2007)
Imagem: Super beautiful photos (fb)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 28/09/2014