Quando
(à minha mãe Hilda, in memoriam)
Quando, nesta hora do dia,
pouso a caneta, esqueço o verso,
minha alma é calmaria,
paz profunda de um berço.
Quando o pássaro canta
no beiral da minha messe,
minha vida que acalentas
cerra os olhos... adormece.
Quando o gongo soa
e o meu corpo já não sinto,
minha alma sai e voa
te buscando no infinito.
(*) do meu livro "Asas ao Anoitecer", p. 25
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 21/09/2014