CHOVE
Chove o certo e o errado
sobre a linguagem essencial.
Sobre a palavra que some,
some o anjo do portal.
Chove nos vales da sabedoria,
inunda também o parco conhecimento.
O grande ritual da nostalgia
dura dias, anos...no pensamento.
Chove, chove e as lendas me desesperam.
As águas não me apascentam.
O que espero? O que espero?
Que montanhas se desloquem no vento?
É noite e eu tento aceitar, grata,
esse lugarejo, meu jardim-menino.
E essas águas que sacrificam as rosas
mas salvam os espinhos.
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 16/08/2014
Alterado em 16/08/2014