Ser sem estar
O fruto não está maduro.
Ainda nem lavei os pés.
Faz tempo que olho para fora,
os mananciais desertos de amor.
Suspendo meu nome, profissão.
Sou nada que que seja visível
a longas e curtas distâncias
a não ser pelos animais, aves, folhas e flores.
Somente o pó de Deus me alcança,
quando me aninho nos ramos da esperança.
Mas no centro de alguma coisa,
por desejo ou só saudade,
revalido meu passaporte
a cada novo dia,
para o país da felicidade.
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 23/07/2014
Alterado em 23/07/2014