Para sempre
Ah, eu digo,
que na flor da pele
tenho a primavera
em passo antigo.
E às vezes,
assim como uma criança,
dou um suspiro
e a esperança
em mim encontra abrigo.
E minhas fábulas
me serenam e me cintilam
para que os portais de minha alma
reflitam essa cor
do trigo.
Sou colhida pelas horas
à sombra dos ocasos.
Não tenho mistérios.
Cultivo estrelas nos vasos.
Quero que essas luzes
permaneçam eternamente
como versos dos céus
escritos em lírios dos campos,
com a letra de Deus,
para sempre....
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 21/07/2014
Alterado em 21/07/2014