BRASIL X BRASIL
Perder um jogo não é mais triste do que perder suas casas, a saúde, os direitos humanos... a tristeza, na minha humilde opinião, é pela queda de um sonho que camufla todas as misérias nossas de cada dia, deste país maravilhoso e belo, de um povo gentil e hospitaleiro... que não merecia ser tão enganado! -- Mas será que foi mesmo enganado? É muito mais fácil sonhar do que enfrentar a realidade. Culpar agora os meninos pela derrota é uma barbaridade. Não pediram para ser selecionados, fizeram o que lhes mandaram, o que lhes orientaram. E colocaram em suas costas a responsabilidade de concretizar o sonho de uma nação inteira. Sonho do qual, alguns, andavam meio distantes, deste desejo no sangue de vencer, pois jogavam fora do país, pois são jovens demais e etc.etc. -- mas não são culpados. Absolvo-os com o coração mesmo. Mas condeno o esquema sórdido em que foram enredados, em que toda uma nação foi enredada para continuar a dormir em berço esplêndido.
Li em um jornal do estrangeiro, mais precisamente da Argentina, o comentário de um leitor que escreveu algo mais ou menos assim: "que agora o Brasil deve deixar de pensar mais em samba e ir trabalhar". Nunca li nada mais absurdo na minha vida. Mas é o que pensam de nós. Nós, nossa nação - uma país que vai à luta todos os dias, de mangas arregaçadas e que uma mídia enganosa e torpe insiste em mostrar o que acham que vende bem: samba, carnaval, bundas, praia e.... futebol. E políticos posando de grandes líderes, quando na verdade, tudo é muito semelhante a uma história contada por Saint-Exupéry, " daquele reino em que a rainha pagou a alguns atores para posar de saudáveis e honrados nas estradas, enquanto que pelos campos adentro o povo morria de fome"....
É preciso não esquecer e não fazer de conta que não aconteceu, mas conscientizar que veio o melhor. Mesmo que neste momento se pense que seja o pior. O tempo, o grande mestre, dirá. Como disse o grande Victor Hugo, "Deus sabe o que faz lá entre as grandes estrelas."
Imagem: Google
Perder um jogo não é mais triste do que perder suas casas, a saúde, os direitos humanos... a tristeza, na minha humilde opinião, é pela queda de um sonho que camufla todas as misérias nossas de cada dia, deste país maravilhoso e belo, de um povo gentil e hospitaleiro... que não merecia ser tão enganado! -- Mas será que foi mesmo enganado? É muito mais fácil sonhar do que enfrentar a realidade. Culpar agora os meninos pela derrota é uma barbaridade. Não pediram para ser selecionados, fizeram o que lhes mandaram, o que lhes orientaram. E colocaram em suas costas a responsabilidade de concretizar o sonho de uma nação inteira. Sonho do qual, alguns, andavam meio distantes, deste desejo no sangue de vencer, pois jogavam fora do país, pois são jovens demais e etc.etc. -- mas não são culpados. Absolvo-os com o coração mesmo. Mas condeno o esquema sórdido em que foram enredados, em que toda uma nação foi enredada para continuar a dormir em berço esplêndido.
Li em um jornal do estrangeiro, mais precisamente da Argentina, o comentário de um leitor que escreveu algo mais ou menos assim: "que agora o Brasil deve deixar de pensar mais em samba e ir trabalhar". Nunca li nada mais absurdo na minha vida. Mas é o que pensam de nós. Nós, nossa nação - uma país que vai à luta todos os dias, de mangas arregaçadas e que uma mídia enganosa e torpe insiste em mostrar o que acham que vende bem: samba, carnaval, bundas, praia e.... futebol. E políticos posando de grandes líderes, quando na verdade, tudo é muito semelhante a uma história contada por Saint-Exupéry, " daquele reino em que a rainha pagou a alguns atores para posar de saudáveis e honrados nas estradas, enquanto que pelos campos adentro o povo morria de fome"....
É preciso não esquecer e não fazer de conta que não aconteceu, mas conscientizar que veio o melhor. Mesmo que neste momento se pense que seja o pior. O tempo, o grande mestre, dirá. Como disse o grande Victor Hugo, "Deus sabe o que faz lá entre as grandes estrelas."
Imagem: Google
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 09/07/2014
Alterado em 10/07/2014
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