Psiu... hora de calar-me
Há muito não escrevo poemas. De vez em quando re-posto algum por aqui, tentando apenas manter contacto com o site, com as pessoas que aprendi a admirar e a gostar como companheiras de caminhada.
Num mundo assim, tão triste, tento recolher alguma coisa de bom, alguma luz que penetre por entre as folhas desta floresta densa em que vivemos.
Já pensei muito em parar, muito mesmo. Há momentos em que a noite se torna mais clara e eu ainda acredito, tenho esperança. Nas mais das vezes, as nuvens encobrem o sol e nem os ventos desmancham a noite da alma.
Por que tudo se faz deserto, de repente? Não, não é de repente. Acho que ando cansada do que habita esse mundo de falsas alegrias, falsas palavras, falsa vida...
Devo um dia retornar ao centro de mim mesma. Enquanto isso, vou escrevendo o que se solta no momento e que só eu sei o seu peso e a sua medida.
À poesia, a porta para outra imensidão: a do silêncio.
Imagem: Super beautiful photos (fb)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 02/07/2014
Alterado em 02/07/2014