RESSURREIÇÃO (*)
Se só um pedaço de céu se abrisse,
e levasse todas as dores do mundo,
seria a mais completa vitória
da espécie humana moribunda.
Mas os céus todos se fecham,
e mesmo que luzes se acendam
pelos quatro cantos do mundo,
não iluminam almas, mas, apenas,
silêncios profundos.
Ah, Ressurreição, Ressurreição!
Do Mestre, do pó,
das lágrimas.
Cada lenço molhado no caminho
é grão de areia,
é quase nada.
Mas diante do Teu único olhar,
talvez sejamos ouro puro,
diamante...
e nossa coroa de espinhos
talvez seja somente um aviso
das rosas que vem adiante.
(*) reedição
(Imagem: Google)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 18/04/2014
Alterado em 18/04/2014
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