Poemas da Caminhada - Lúcia Constantino
O canto da alma é a única coisa que fica. E o que dele fizermos...
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Inefável
Não pertenço
aos meus limites.
Sou o confuso entendimento
dessas linhas fecundas.
Sou o som do meu silêncio
e de minhas canções difusas...

Ouço essa voz,
plenitude ao coração.
Liga-me às respostas
que os deuses dão
a quem tem razão.

Sucedem-me as estações,
e quero ser
como aquele pastor de estrelas
que cinzela na alma o essencial
e somente guia a beleza.

Ascendo o olhar
e vislumbro
o fogo da criação...
e meu rosto e meus lábios
se nutrem desse poema
do coração.

Fonte onírica,
argila indispensável
que molda tua alma
em meu silêncio
na forma e na cor
do inefável...


(Direitos autorais reservados - Lei 9.610 de 19.02.98)





Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 06/05/2007
Alterado em 03/06/2011
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