DISJUNÇÕES
Tu passas e eu não te vejo,
não te sinto.
O vento te leva com seus segredos.
E eu fico aqui, no que existo:
o que ficou pra tão tarde,
o que se foi tão cedo
um tempo que fugiu pelas mãos
na sombra que se viu
ocultar o sol do coração.
Tu passas e já não há
tempo para mais nada.
Não voltarás, não voltarás
e o ébrio destino, o louco
vai cambaleante pela calçada
procurar repouso.
Aonde o tempo do branco linho
e o tempo do mundo vivo
ainda são dois meninos
e não dois inimigos.
(Direito autorais reservados).
Imagem: Super beautiful photos (fb)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 13/01/2014
Alterado em 13/01/2014