Preciso do sol no rosto
para haver sentido na chuva.
Em uns passos que traço
no tempo que voa
preciso que haja sentido
mesmo num caminhar à toa.

Sentido quando ajeito
dentro do peito
a ceia da melancolia
na mesa dos sonhos
que sem sentido se aprontam
para mover mais um dia.

Sentido de passos sobre a terra.
Para que haja um sentido
em qualquer abrigo
à lágrima que não se espera.



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