Poemas da Caminhada - Lúcia Constantino
O canto da alma é a única coisa que fica. E o que dele fizermos...
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O POEMA

O quanto é difícil entendermos um poema. Nas linhas o poeta e seu coração inviolável. Doa-nos a metade de sua face. A outra sempre irá lhe pertencer. É seu direito. Nunca saberemos realmente o que lhe vai no fundo da alma, o que as palavras não transmitiram. Eu mesma escrevo poemas e muitos deles ninguém compreende. Só eu mesma sei o que me saiu da alma naquela frase, naquela metáfora - algo como um assovio, um cântico ao longe que só eu escutei e ninguém mais - ou uma dor imensa, que me pesa como um madeiro e o leitor confunde com as delícias do amor. Jamais culparia o leitor por esse fato - eu é que não cheguei até ele. Talvez não chegue nunca. Outros, talvez haja uma leve aproximação como um beija-flor tocando a flor... e outros talvez sejam abraçados pelo poema, e o abracem, como o vento abraça a relva. E assim se faz a poesia. Poesia que é nada mais do que um grito desesperado em busca de eco nos abismos e nos bosques nossos de cada dia.




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Imagem: Super beautiful photos (fb)
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 16/10/2013
Alterado em 16/10/2013
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